ORAÇÃO DE SÃO GABRIEL PARA AS MONJAS PASSIONISTAS
“São Gabriel aparece a Santa Gema, com o rosto brilhante e fala da fundação do Mosteiro de Lucca, e invoca tal fim a intercessão de Maria Santíssima”.
Encontrei com o coirmão Gabriel, que consolação foi aquela, mas a obediência queria que não me aproximasse para beijar as vestes, então não o fiz.
Que belas coisas me disse do convento, depois sorrindo se voltou de uma parte e ajoelhando-se juntou as mãos e dizia assim:
“Virgem bendita vê, aqui na terra há um grande empenho para propagação do novo Instituto, ouve-me eu te peço, faze que aquelas que entrarem sejam repletas de copiosos dons e favores celestes, concede-lhes a fortaleza, concede-lhes também o zelo. Serão todos vossos dons, ó Virgem bendita”.
Falava como se tivesse perto de Nossa Sra. Das Dores, eu não via nada, mas com quanta expressão dizia aquelas palavras, que eu permanecia maravilhada, parecia que também ele tivesse fora de si.
(Oração de São Gabriel de N. Sra. Das Dores pela Monjas Passionistas, 07/09/1900, Diário de Santa Gema)
Enfermo de Amor por Maria
A definição não nos é dada por qualquer escritor, mas por um companheiro de Gabriel, o padre Bernardo Silvestrelli, cujo processo de beatificação já esta adiantado.
“Onde a devoção de Gabriel se destacou de modo extraordinário foi para com Maria Santíssima. Pode-se assegurar que foi a origem, a vida, a alma e o tudo da perfeição a que chegou. Não exagerou quem dele escreveu que parecia “enfermo de amor por Maria”.
As raízes marianas da espiritualidade de Gabriel devem ser procuradas em sua família. O exemplo de seu pai, que todas as tardes rezava o Terço e celebrava com entusiasmo as festas da Virgem Maria, é o ponto de partida de seu amor mariano. Nisto ajudou-o também, a Congregação Mariana do Colégio, da qual foi presidente. Cresceu espiritualmente, no tempo de sua vida religiosa o culto à Mãe Celeste, precioso legado do próprio Fundador São Paulo da Cruz.
A devoção mariana de Gabriel, mais do que sob outras invocações, centraliza-se em “Nossa Senhora das Dores”. Em suas cartas ao pai, nunca esquece uma referencia, um conselho ou um convite ao amor à Virgem Maria. E no convento, a todos contagiava com este fogo que ardia em seu interior. Escreveu uma antologia de textos sobre a Virgem Maria, e com eles formou um ramalhete intitulado “Credo Mariano”. Nele nem todos os artigos possuem autentica segurança teológica, porem, em todos ressalta seu amor filial. Um companheiro o chama de exagerado, mas Gabriel se justifica:
“O que digo da Virgem Maria não é sequer o milésimo do que se deveria dizer”.