Santa Gema

“Eu não procuro mais nada; sacrifiquei tudo e todos a Deus; agora eu me preparo para morrer. Agora é mesmo verdade que não me resta mais nada, Jesus. Eu recomendo a minha pobre alma a Ti… Jesus!”

Santa Gema Galgani

12 de março 1878: Gema nasce em Camigliano – Lucca.
13 de março 1878: É batizada.
Abril de 1878: A família Galgani transfere-se para Lucca.
26 de maio 1885: Crismada na Igreja de São Miguel. Jesus lhe pede o sacrifício de sua mãe.
17 de junho 1887: Festa do Sagrado Coração, Gema faz sua Primeira Comunhão.
1889-1893: Frequenta a escola das Irmãs Oblatas do Espírito Santo.. Uma das suas professoras é a Beata Helena Guerra.
1894: Morre Gino, o irmão seminarista.
1896: Enfrenta sem anestesia, uma dolorosa operação no pé. No dia de Natal faz o voto de castidade.
11 de novembro de 1897: Enrique Galgani, pai de Gema, morre aos 57 anos.
1898-1899: Sara milagrosamente de uma doença na espinha. Iniciam as experiências místicas.
8 de junho 1899: Cristo lhe faz o dom das chagas.
1900: Neste ano, nas missões em São Martinho, conhece os padres Passionistas que a introduzem em casa Giannini, seus grandes amigos. Pe. Germano assume a direção espiritual de Gema.
Setembro de 1900: Gema é recebida na casa Giannini.
Fevereiro- maio 1901: Por ordem do Pe. Germano, Gema escreve a autobiografia.
1902: Oferece-se vitima ao Senhor, pela salvação dos pecadores, Jesus lhe pede a fundação de um mosteiro de Passionistas em Lucca. Gema responde com entusiasmo, já que no seu coração é e será sempre Passionista.
21 de setembro 1902: Adoece gravemente.
Janeiro 1903: Muda-se para um quarto na Rua da Rosa.
11 de Abril 1903: Gema morre, no Sábado Santo.
1907: Abrem-se os processos canônicos para o reconhecimento de sua santidade.
14 de maio 1933: Pio XI declara Gema Bem-Aventurada.
2 de maio de 1940: canonizada por Pio XII.

Escola
No Natal de 1886 toda família retornou à casa juntamente com as pessoas que prestavam serviços. Tendo reaquistado a sua Gema, o sr. Henrique Galgani pensou logo de fazê-la estudar. Dizem algumas colegas que Gema já havia freqüentado escola particular. Em seguida freqüentou o Instituto das Oblatas do Espírito Santo, chamadas “Zitine”. Santa Gema seguiu duas classes de aperfeiçoamento. As professoras de Gema foram: Helena Guerra (hoje Beata Helena Guerra) que foi fundadora do Instituto; professora Gesualda Petroni; Elisa Pieri e Júlia Sestini.


Primeira Comunhão

No princípio de 1887 Santa Gema conheceu as professoras “Zitine” mas foi só para as aulas de catecismo e preparação a Primeira Eucaristia. A pequenina Gema sentia-se feliz “Estou no Paraíso”. Quem a instruiu nestas importantes matérias foi a piíssima religiosa Camilla Vagliensi, que já percebia o bom espírito de Santa Gema.

A preparação continuava intensa e metódica; Santa Gema reconhecendo que era muito defeituosa, mostrava grande desejo de receber Jesus na divina Eucaristia. “E logo me concederam esta graça”.
No princípio de junho Santa Gema insistia para obter do pai a permissão de participar com as outras crianças do retiro espiritual que precedia o grande dia da Primeira Comunhão. “Apenas entrei no Convento, me senti muito contente e corri para agradecer Jesus na capela e lhe pedi fervorosamente a preparar-me bem para a santa comunhão”.
O retiro espiritual durava 15 dias; 10 dias antes e 5 dias depois do desejado encontro com Jesus.
“Quem se alimenta de Jesus – repetia o bom pregador – viverá da sua vida”. E Gema extasiada e já conquistada do mistério da graça, comentava: “Então, quando Jesus estiver no meu coração, eu não viverei mais para mim, porque Jesus viverá em mim. E eu quase morria do desejo de chegar logo para eu poder repetir estas palavras. Outras vezes na meditação passava até noites adentro consumada do desejo”. Finalmente surgiu luminoso o dia almejado.
Ela se apresentou a Monsenhor Volpi para a confissão geral feita em três vezes. Na vigília escreveu uma cartinha ao papai Henrique na qual lhe manifestava a sua alegria e “pedia perdão de todos os desgostos e desobediências”.
O primeiro encontro com Jesus Eucarístico aconteceu no dia 17 de junho de 1887. Era sexta-feira, festa do Sagrado Coração de Jesus. “O que se passou entre eu e Jesus naquele momento não sei me exprimir. Compreendi naquele momento que as delícias do céu não são como as da terra. Senti um grande desejo de viver unida a Deus. Senti-me mais destacada deste mundo e sempre mais disposta ao recolhimento. Foi naquela manhã que Jesus deu-me o desejo de ser religiosa.
Monsenhor Volpi tornou-se agora o seu Diretor e Confessor.

No ano de 1893, outro luto feriu o coração de Santa Gema: a morte do seu querido irmão Gino quase já nas portas do sacerdócio. Já havia recebido todas as Ordens Menores. Ele faleceu com problemas no pé esquerdo e tuberculose no dia 10 de setembro com apenas 18 anos de idade, deixando um grande vácuo na família.
A dor de Santa Gema foi quase incontrolável; o amava mais que todos e estavam sempre juntos. Nos dias de férias se divertiam fazendo altarzinhos, festas, etc. “Eu usei toda a roupa do meu querido irmão e depois de um mês fiquei doente. Mas depois de três meses sarei completamente”.
No ano de 1893 Santa Gema recebeu a ordem do médico de interromper os estudos pois já estava na quarta série no Instituto das “Zitine”.

O Sacramento da Crisma e a Morte da Mãe
No dia 26 de maio de 1855, Gema recebeu o sacramento da Crisma, administrado pelo Sr. Bispo Nicola Ghilardi; que era então arcebispo de Lucca – Itália.
        “Depois da função – narra Santa Gema – a pessoa que me acompanhava quis assistir a Santa Missa, e eu temia que mamãe fosse embora sem levar-me consigo. Assisti a Santa Missa rezando por ela. Num dado momento uma voz me disse: – “Você quer dar-me a sua mãe?” – “Sim, eu repondi, mas que eu vá junto com ela”. “Não, me repetia aquela voz. Dá-me de boa vontade a tua mãe. Tu deves ficar com o teu pai. Eu conduzirei tua mãe para o céu, sabe? Dá-me de boa vontade a tua mãe?” Fui obrigada a responder sim. Terminada a Missa, corri para casa. Meu Deus! Olhava a minha mãe e não podia me conformar!”
        Pois a catástrofe não demorou muito a acontecer. Depois de cinco anos de doença nos pulmões, a senhora Aurélia faleceu no dia 17 de setembro de 1886.
        Santa Gema só depois de algum tempo teve pleno conhecimento da irreparável perda. A tia Helena que havia assistido a enfêrma, voltou à sua casa e, lhe veio ao encontro a pequena órfã que, muito angustiada olhou a tia fixamente, não acreditando no que havia acontecido.

Esposa de um Rei Crucificado

No ano de 1895 Gema ganhou um relógio de ouro, então apareceu-lhe o Anjo da Guarda muito sério e lhe disse: “Lembra-te que as jóias preciosas que adornam a esposa do Rei Crucificado não podem ser outras que os espinhos e a cruz”. O resultado desta aparição foi que Santa Gema resolveu não mais usar jóias de valor e nem falar em assuntos de vaidade… de mudar de vida. “Na mesma circunstância Jesus me dava luzes claras que eu devia ser religiosa”.
Expressiva também a declaração de um desejo que no ano de 1896 começou a agitá-la como resposta ao anjo. “Eu sentia um desejo ardente de amar tanto, tanto a Jesus Crucificado e ao mesmo tempo o desejo de sofrer e de ajudar Jesus nos seus sofrimentos. Suplicava a Jesus de sofrer, sofrer tanto. Jesus depois de muito tempo me consolou. Mandou-me uma doença no pé”. Tratava-se de cárie óssea que aconteceu no Colégio das “Zitine” e por final tornou-se um tumor e se agravou de tal modo que foi necessário uma cirurgia. Santa Gema sofreu com invicta paciência.
No Natal de 1896, obteve a licença de fazer o voto de castidade. “Eu me lembro, diz Santa Gema, que Jesus gostou muito e me disse que além deste voto eu deveria unir a oferta de mim mesma, dos meus sentimentos, e perfeita resignação à vontade de Deus. Eu fiz tudo o que Jesus me pediu e passei a noite inteira e o dia inteiro como no Paraíso”.

Desventuras familiares

As despezas pela longa enfermidade da esposa, obrigaram o sr. Henrique Galgani vender a casa no campo e outra na cidade. Seqüestraram-lhe os bens móveis e imóveis… Não foi mais possível pagar a taxa no Colégio das “Zitine”. Ficaram privados de todos os bens, escreveu Santa Gema. “Não tínhamos mais nada”, confirma a tia Elisa. O tribunal e os credores pegaram tudo. nos primeiros tempos viveram com a caridade dos bons. Os executores do sequestro colocaram sigilo nos quartos e os pobres da família de Gema tiveram que dormir no chão.
No ano de 1897 a situação financeira tornou-se desesperadora. É impossível descrever o desânimo de todos da família quando o sr. Henrique foi culpido de um câncer na garganta que levou-o até o sepulcro no dia 11 de novembro de 1897.
Sabendo da morte do sr. Henrique os sequestradores roubaram as últimas coisas que havia; “enfiaram as mãos no meu bolso e levaram os poucos dinheirinhos que eu tinha”, confia Gema mais tarde à Senhora Cecília Giannini.

Na cidade de Camaiore

Depois da morte do sr. Henrique ficaram sem nada mesmo para sobreviver. “Uma tia, sabendo da situação nos ajudou em tudo e não quis que eu ficasse com a família; então, no dia após a morte do meu pai me levou e fiquei com ela uns diversos meses”. Por isso, no dia 12 de novembro de 1897, com o coração transpassado, deixou as tias e os irmãos e foi para casa da tia Carolina, irmão do sr. Henrique e mulher do sr. Domingos Lencioni, de Camaiore, e lá a nossa Santa Gema permaneceu durante um ano.
Gema nos fala dos meses que passou no pecado – exagero da Santa. Mas é certo que a sua casta beleza fez seduzir um jovem de Lucca chamado Romeo Dalle Luche e também o filho do médico da cidade Jerônimo Bertozzi, no qual até pediu a mão ao tio de nossa Santa Gema. Porém, Santa Gema que através de Tia Elisa soube da façanha, fugiu de Camaiore e foi para Lucca. Interrogada pelos familiares porque voltou, respondeu: – “Eu estava bem lá, mas havia uns moços que me cobiçavam. Mas eu não quero marido, quero ser toda de Jesus”.

Doença e cura milagrosa

Em 1898, devido as péssimas condições, a família foi obrigada a transferir-se para Lucca.
Antes de partir de Camaiore, Santa Gema sentiu os primeiros sintomas da doença que se agravou e atormentou-a o inverno inteiro. Tratava-se de osteite das vértebras lombares. Gema perdeu os movimentos das pernas, estava paralisada. Por fim, veio-lhe uma dor insuportável na cabeça, era otite média purulenta aguda atingindo também as mastóides.
Agravando-se o mal, Gema não conseguia reter nada no estômago a não ser um pouco de caldo ou leite. A família providenciou uma consulta e vieram ao leito de Gema quatro médicos que declararam que Santa Gema estava gravíssima, que pensassem em administrar-lhe os sacramentos e que ela não passaria daquela noite.
“No dia 2 de fevereiro – narra a Santa – eu recebi a santa comunhão como viático. Esperava o momento de ir com o meu Jesus. Devagar médicos! Pensando que eu não estava entendendo, dialogaram entre si que eu não chegaria até a meia-noite. Viva Jesus!!!”.

São Gabriel da Virgem Dolorosa

Parece que foi a senhora Júlia Sestini que falou pela primeira vez na casa Galgani de São Gabriel da Virgem Dolorosa. Santa Gema leu várias vezes a vida dele. “Não me cansava de ler e reler e admirar as suas virtudes e exemplos”. Uma vez São Gabriel lhe apareceu e confortou-lhe sensivelmente. Gema confiou a Irmã Leonilda das Barbantinas que se obtivesse a cura completa entraria em seu Instituto. Ela queria ser uma simples religiosa. No fim daquele extenso dia emitiu os voto de virgindade, que foi a primeira e última vez.
Na noite seguinte lhe apareceu de novo São Gabriel e a chamou de “minha Irmã” e lhe fez uma carícia na fronte, tirou o emblema da Paixão que os Passionistas usam sobre o santo hábito e lhe deu para que beijasse-o, depois colocou-o sobre os lençóis e repetiu com afeto “minha Irmã!”.
Neste meio tempo, Irmã Julia Sestini estava visitando-a e lhe aconselhou de fazer uma novena à Santa Margarida Maria

Alacoque estabelecendo que deveria terminar na primeira sexta-feira de
março.
Gema começou a novena mas como se esqueceu por duas vezes, iniciou pela terceira vez na noite de 23 de fevereiro. Poucos minutos antes da meia-noite percebeu uma mão sobre a sua fronte e rezou três vezes um Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai. Terminada essas orações, que Santa Gema só conseguiu responder com muita dificuldade. Uma voz lhe perguntou: “Você quer se curada?’”Sim”, respondi. “Tu ficarás boa. Reza com fé ao Sagrado Coração de Jesus todas as noites até que termine a novena. Eu virei aqui e nós rezaremos juntas ao Sagrado Coração de Jesus”. “É Santa Margarida?”- lhe perguntei. “Reze três Glória ao Pai em sua honra”.
No dia 2 de março, vigília da primeira sexta-feira do mês e penúltimo dia da novena, Gema se confessou, comungou. Passou momentos de felicidade com Jesus que lhe repetia: “Gema, você quer ser curada?” “A comoção foi tão grande – ela escreve – que não pude responder”. Pobre Jesus! A graça já estava concedida e ela sarou.
Passadas duas horas me levantei. Os da minha casa choravam de alegria… Jesus me disse aquela manhã: “Minha filha, a graça que lhe concedi esta manhã, seguirão muitas outras ainda maiores”.
No dia 10 de março, segunda sexta-feira do mês, ela saiu pela primeira vez “para fazer a Santa Comunhão e daquele dia em diante não deixei mais”.

Aprende como se ama

Na noite de quarta-feira santa daquele ano, depois da hora santa, se sentiu muito recolhida e lhe faltou as forças. Com muito esforço pode fechar a chave o quarto. Logo após Gema achou-se diante do Crucifixo que jorrava sangue de todas as partes do corpo. “Não levantei os olhos para ver o meu Jesus, não tive coragem. Prostei-me por terra durante algumas horas. “Filha, me disse, veja estas chagas eu as abri pelos pelos teus pecados; mas agora consola-te que já as fechei todas pelo teu arrependimento. Não me ofenda mais. Ama-me, repetiu-me várias vezes”. Aquele sonho se apagou de minha mente e voltei ao uso dos meus sentidos. As chagas de Jesus se imprimiram tão bem na minha mente que nunca mais as esqueci”.

“Na sexta-feira seguinte fiz a santa comunhão de um modo completamente inexplicável. Jesus veio e me deu a Santa Comunhão”.
Em abril do ano de 1899, “eu tive um grande desejo de sofrer alguma coisa para Jesus, vendo o quanto Ele sofreu por mim” – diz Santa Gema.
Estando preocupada por não saber amá-lo, “um dia – escreve – para ficar tranquila rezei as minhas orações estando muito recolhida me achei pela segunda vez diante de Jesus Crucificado que me disse estas palavras: “Olhe filha e aprenda como se ama!” e me mostrou as 5 chagas abertas. “Veja aquela cruz, estes espinhos, estes pregos, estas chagas, este sangue. São todas obras do amor e de amor infinito. Veja até que ponto eu te amei! Quer amar-me deveras? Aprende antes a sofrer. O sofrimento ensina a amar”.

Com as Visitantinas

Depois da cura milagrosa, Gema entrou no Mosteiro das Visitantinas para fazer os exercícios espirituais e a confiaram a Mestra de Noviças.
Mas a vida naquele mosteiro, não lhe parecia muito do agrado do seu espírito. Mas assim mesmo lhe causava imenso sofrer em pensar de voltar ao mundo. Depois do santo retiro lhe conderam de permanecer 12 dias com as religiosas, mas no fim dos quais precisou sair. Mesmo assim, compreendia que a vida salesiana era muito cômoda para ela.

Uma graça grandíosíssima

Na noite de sexta-feira, dia 8 de junho de 1899, oitava de Corpus Domini e vigília da festa do Sagrado Coração de Jesus, “de repente -narra a Santa – mais depressa do que de costume, senti uma grande dor dos meus pecados; a memória me recordava todos e me fazia ver os sofrimentos que Jesus suportou para salvar-me. A minha vontade fazia detestá-los e prometer a Jesus de tudo sofrer para repará-los. Um número imenso vinha-me à mente: eram pensamentos de dor, de amor,

de temor, de esperança e de conforto.
Ao recolhimento interno sucedia-se logo o extase e eu me achava diante de minha Mãe Celeste que tinha a sua direita o meu Anjo
da Guarda, e le foi o primeiro a mandar-me rezar o ato de arrependimento. Logo que terminei a Mãe Celeste me disse: “Filha, em nome de Jesus os teus pecados estão todos perdoados”. Depois acrescentou: “Jesus, meu filho, te ama muito e quer lhe conceder uma grande graça. Saberás tornar-se digna?”. Na minha miséria não sabia o que responder. A Mãe Celeste disse ainda: “Eu serei a tua mãe, mas mostra-me que é minha filha”. Ela abriu o manto e me cobriu toda… E neste momento apareceu Jesus com as chagas abertas, mas das sagradas chagas não saía sangue, mas sim chagas de fogo e num instante aquele fogo veio tocar-me os pés, as mãos e o coração. Quase morri, mas a Mãe Celeste me socorreu e cobriu-me com o seu manto. Por diversas horas estive naquela posição. Depois a Mãe Celeste me beijou na fronte e tudo desapareceu, e me encontrei ajoelhada. Mas eu sentia uma dor muito forte nas mãos, nos pés e no coração. Levantei-me para deitar-me e notei que daquelas partes saia sangue. Cobri-as do melhor modo que pude e o meu Anjo me ajudou e assim pude subir ao meu leito. Aquelas dores, aquelas penas antes de afligir-me, davam-me uma paz imensa. De manhã com muito esforço pude ir fazer a santa comunhão e coloquei as minhas luvas para esconder as mãos. Não aguentava ficar de pé e, a cada instante, parecia que eu ia morrer. Aquelas dores duraram até as três horas da sexta-feira, festa solene do Sagrado Coração de Jesus. O fenômeno daquele dia repetia-se periodicamente, no mesmo dia e hora, todas as semanas, isto é, na quinta-feira as oito horas e durava até as três horas da sexta-feira”.

Os Passionistas

Para a preparação do ano santo de 1900, na Catedral de Lucca, do dia 25 de junho até 9 de julho, os Padres Passionistas: Germano, Caetano, Adalberto, Ignazio e Callisto pregaram uma fervorosa missão.
Santa Gema também participou no meio do povo que de manhã e a tarde enchia a Igreja de São Martinho. “Qual foi a minha impressão ao ver aqueles sacerdotes pregando, não posso descrever. A impressão foi grandiosa porque reconheci neles aquele hábito que vi São

Gabriel , foi a primeira vez que vi. um afeto muito grande senti por eles, tanto que não perdi uma só prática da missão”.
No último dia da missão houve a comunhão geral e
naquela manhã Jesus me disse: “Tu serás uma filha da minha Paixão e uma filha predileta. Um destes Padres Passionistas será o teu pai”. E daquilo que Jesus declarou reconheci o Padre Ignázio”.
Gema no mesmo dia obedeceu,; mas não conseguindo abrir-se com o Padre Ignazio, foi ao Padre Caetano que a ouviu diversas vezes, deixando-a sempre tranquila e feliz. Foi esse Padre que lhe permitiu fazer os três votos: de pobreza, castidade e obediência. E foi por meio dele que pegou uma santa amizade com a senhora Giannini, “à qual – ela escreve – coloquei nela o amor de mãe”.

Na casa dos Giannini

Terminada a missão, o Padre Caetano pode ouvir novamente Gema na casa dos Giannini e naquela circunstância, a senhora Giannini convidou-a para voltar.
“Começou então -depois das Missões dos Padres Passionistas -, narra a Giannini, a nossa confidência e o desejo de tê-la sempre perto de mim, que quase não agüentava ficar sem ela: nós nos dávamos muito bem!”… “Ia buscá-la todas as manhãs e todas as noites leváva-a de volta e quando eu estava sozinha… a convidava para dormir aqui. Isto durou três ou quatro meses”.
As tias de Gema não permitiam que a Santa ficasse na casa dos Giannini, mais tarde, cederam e deixaram-na ficar para sempre. “Certamente não irei lá como empregada, mas sim, como uma pessoa da família”.

Padre Germano

No entanto as coisas da sexta-feira continuavam. Monsenhor Volpi, único confessor e diretor espiritual da Santa, duvidava muito mesmo e seriamente das origens. Um dia, mesmo que Gema não quisesse, fez visitar Gema um médico de sua confiança; mas o exame foi negativo, por isso começou a falar de esterismo ou pior…
Também na família, criou-se uma atmosfera de desconfian-
ça: a pobre Gema ficou só, atormentada do temor de enganar e ser enganada.
Mas Deus não permitiu que a Santa ficasse abandonada a si mesma. Uma vez, caída em êxtase, se achou diante de Jesus. “Mas ele não estava só – ela conta – tinha perto dele um homem de cabelos brancos e pelo hábito deveria ser um Padre Passionista. Tinha as mãos juntas e rezava com muito fervor. Eu o olhava e Jesus me pronunciou estas palavras: “Filha, o conhece?”Respondi que não, porque era verdade. “Veja, acrescentou, aquele sacerdote será o seu diretor espititual e será ele que reconhecerá em ti mísera criatura, a obra infinita da minha misericórida”.
No dia 29 de janeiro de 1900, ela escreveu uma longa carta e nos ias do começo de setembro, na casa dos Giannini, pôde vê-lo e falar-lhe. Monsenhor Volpi, atormentado de dúvidas, aconselhou Gema de dialogar com Padre Germano, assim ele se tornou confessor extraordinário da Santa.
A correspondência destas duas grandes almas era contínua e durou até a morte de Santa Gema e temos muitas cartas, 24 das quais chegaram ao seu destino por intermédio do Anjo da Guarda de Santa Gema.
Padre Germano nos presenteia com fontes histórias da vida íntima de Santa Gema. Uma autobiografia escrita em forma de confissão geral. Esta biografia é como um compêndio de tudo o que aconteceu à Santa Gema de bom e menos bom. A Santa começou a escrever em 17 de fevereiro de 1901 e concluiu em 15 de maio do mesmo ano.
No dia 19 de julho de 1900, por ordem do Monsenhor Volpi começou o diário e o suspendeu com o conselho do Padre Germano, o qual depois se arrependeu e mandou-a escrever novamente.
Na casa dos Giannini, os êxtases eram freqüentíssimos e juntamente visões e colóquios. Sem Santa Gema saber foram presenciados das senhoras Cecília, Giustina, Eufemia e Annetta Giannini.

Vida de todos os dias

Na casa dos Giannini, Gema foi sempre muito dócil e obediente a todos… era muito simples nos modos, sem afetação alguma e nunca se notou na Santa pequeno fingimento. Ela não se importava que

a acreditasse ou não. Respondia simplesmente “sim” e “não”, nem
se preocupando de nada. Foi sempre muito boa e gentil para com todos, mas sem cumprimentos e atá as vezes não falava nem “obrigada”. Sempre estava pensando no seu Jesus. Nunca tomou parte nos discursos e conversas que a família fazia na mesa, Só de vez em quando, trocava uma palavrinha com a crianças Dina, Prisca, Guglielma e Maria que estavam no fundo da mesa retangular, perto de Santa Gema.
Gema era muito natural, simples e reta em todos os seus atos, sem ostentação. Dela era muito séria e reservada, mas gentil e boa para com todos. Falava muito pouco mas não era taciturna; ela era contente com tudo e com todos e nunca mostrou descontentamento de coisa alguma… Pegava sempre para si as roupas mais batidas e poídas e o último lugar. Pensava de arrumar a mesa… nunca pensou em fazer trabalhos aparentes, mas procurava de consertar as meias de todos.
“Era muito difícil que falasse de si ou das suas coisas. Nunca nos pregou sermão para se fazer de mestra ou pessoa espiritual…
Gema em nossa casa ajudava as duas domésticas, como fazíamos nós, pois assim queria a nossa mãe, mas ela não era nossa empregada como escreveram falsamente. Ela vivia conosco como nossa querida irmã, era considerada como uma da nossa família… A Santa tinha atenções e delicadezas para com todos, sem deixar-se perceber.
De manhã, antes de ir à Igreja, não falava com ninguém; quando voltava, tomava o café conosco e ia arrumar os quartos e a cozinha. Em seguida, sentava-se na sala de trabalhos e continuava as suas meias agradecendo a Jesus pela santa comunhão. A Santa logo entrava em êxtase e percebendo isto ela se retirava no quarto para que ninguém a visse. Mas nós os mais velhos, íamos atrás dela e entrávamos no quarto. Ela estava sentada na sua cama ou na cadeira e com as mão juntas, os olhos quase fechados, conversava com Jesus, Nossa Senhora e o Anjo da Guarda. Nós pegávamos um pedacinho de papel para tomar nota das suas sublimes palavras. Quando ela ficava um pouco em silêncio, nós nos retirávamos. Ela , recobrando os sentidos, acreditava que ninguém a tinha visto. Assim acontecia sempre e nós presenciávamos todos os êxtases de
Santa Gema”.
Mas Deus dispôs de outro jeito. Só depois de sua morte, no dia 2 de outubro de 1903 Pio X assinou o decreto da funmdação do Mosteiro Passionista.
No fim, Santa Gema tornou-se muito calma, pois fez tudo para responder os desejos de Deus. “Estou contente, escreveu na última enfermidade, vivi sofrendo, mas em paz e tranqüila. Não peço mais para ir no convento se um convento melhor me atende”.

Tentativa frustada

Gema sentia-se feliz de viver com as pessoas que a compreendiam, protegiam e amavam-na. Mas o seu sonho era de esconder-se em um Mosteiro. Por isso, continuou a tentar todos os meios possíveis.
As madres Visitandinas não a receberam. Com a licença do Monsenhor Volpi, pediu as Carmelitas de Borgo a Mozzano que residiam perto de Lucca. As religiosas não deram nunca uma resposta negativa com a esperança de restabelecer-se na saúde. Temiam porém, que ela não resistisse a vida carmelitana. Existiam também as capuchinhas, mas elas não a aceitaram.
Santa Gema começou a freqüentar as Manteladas, comumente chamadas “irmãzinhas”. Lá todas as vezes que ia, sentía-se feliz como entre irmãs. Trabalhava, readquiria o seu brio e se aprofundava na contemplação diante do Santíssimo Sacramento, as vezes até a noite toda. Lá dentro escreveu a senhora Cecília, ao Padre Germano. A superiora a tratava como uma filha. Mas nem neste Mosteiro ela pôde ser recebida.
Durante a longa doença, Gema fez a promessa de tornar-se religiosa, mas não fez nas Barbantinas, apesar que lá haveriam de recebê-la com alegria. Vã foi a tentativa comas ‘Zitine”; Jesus, de resto, fez-lhe compreender que não daria nada certo.
No final de 1900, souberam por intermédio do Padre Germano que havia também monjas Passionistas. Sant Gema não teve mais paz.” Desde aquele momento o meu pensamento se firmou nestas palavras: “há também as monjas Passionistas e a minha é tornar-me religiosa Passionista.
Em fevereiro de 1902, a Madre Presidente do Mosteiro de Tarquínia enviou a senhora Cecília um convite para um retiro espiritual. Cecília respondeu-lhe de imediato e disse-lhe: “comigo irão Annetta e

Eufemia e mais uma mocinha órfã de pai e de mãe chamada Gema Galgani”,
Mas as Superiora teve boas razões de recusar a proposta da senhora Cecília. “Seja feita a vontade de Deus”, escreve Gema logo que soube da recusa.
São muitas cartas endereçadas ao confessor e diretor nas quais ela fala da sua vocação Passionista. Ficou quase uma idéia fixa. E
nos comove a dobrada insistente que suplicava ora um, ora outro. Quando ficou sabendo que de alguns anos estavam pensando em fundar um Mosteiro em Lucca, isto é, outro Mosteiro Passionista, a seu desejo de entrar tornou-se angustiante. É inacreditável o que ela escreveu, trabalhou,
e sofreu para que o projeto fosse realizado o quanto antes. Resolveu ir de porta em porta pedindo esmolas e interessando-se se havia alguma casa para vender.

Últimas provas

Em maio de 1902, caiu novamente doente; mas obedecendo ao Padre Germano, que lhe ordenou rezar pela sua cura, no fim de junho sarou.
No dia 19 de agosto falece a sua irmã Júlia.
Adoeceu outra vez, mas se restabeleceu logo.
No dia 21 de outubro foi surpreendida de violentos ataques e chamaram os médicos duas vezes. “Santa Gema está muito doente – escreveram ao Padre Germano – parece um cadáver em pele e osso. Sofre dores horríveis que a fazem sofrer muito”. No outro dia falece o irmão Tonino.
Suplicado instântemente, Padre Germano se apressa e dá ordens que lhe administrem os santos sacramentos. Mas nem desta vez Gema falece.
A enfermidade fez o seu curso sem que os médicos conseguissem definí-la. Passaram-se alguns meses e no fim para evitar qualquer perigo de contágio, aconselharam de tranferí-la para uma casa vizinha; isto aconteceu no dia 24 de janeiro de 1903 com imensa dor de todos. Ao sair da cas chorava e dizia: “Esta é a segunda vez que perco a minha mãe, mas viva Jesus! Só com Jesus!”.

Eis que chega o Esposo

As últimas provas foram atrozes; espaventosas tentações diabólicas. Além dos membros da família Giannini que continuavam a
protegê-la de modo admirável e assistiam também as Barbantinas,

revezando-se particularmente a noite.
Na quarta-feira santa lhe administraram o santo viático. Na sexta-feira santa, olhando para a senhora Cecília disse-lhe: “Não me deixes até que eu seja pregada na cruz. Tenho que ser crucificada como Jesus. O meu Jesus disse-me que os seus filhos devem morrer crucificados”. Depois entra no êxtase doloroso, estende os braços e fica imóvel até 13;30h.” Olhe aimagem de Jesus moribundo e esta é a sua figura idêntica, escreve depois senhora Giannini ao Padre Germano, diretor de Santa Gema.
Agonizou até o raiar do sábado santo. As 8 horas foi lhe dado novamente o santo viático e também os santos óleos dos enfermos. Antes do meio-dia pôde chegar Monsenhor Volpi, o qual suplicado pela doente, lhe recusou fazer os exorcismos achando que Santa Gema estava fora dos sentidos, em delírio. Só lhe deu a absolvição e foi-se embora.
A um tempo atrás a senhora Cecília, lembrou Santa Gema que o Padre Germano estava em Roma. “Não peço mais nada” – respondeu Santa Gema.
Ela era linda como um anjo, calma, com o seu sorriso habitual. Vieram muitas pessoas visitá-la porque tinham veneração por ela. Estas pessoas eram de todas as condições. Em volta do mortuário, havia uma grande coroa de flores.

A Glória

Santa Gema foi levada ao túmulo na noite de Páscoa. Com o o corpo da Santa puseram um tubo de cristal no qual havia a sua biografia.
O cadáver de Gema foi sepultado num túmulo privilegiado. Só então chegou Padre Germano como Gema havia profetizado.

No dia 24 de abril foi feita a esumação… tiraram-lhe o coração, o qual era fresco, flexível, rubicundo e todo cheio de sangue, parecendo de pessoa viva. O que fez ficarem maravilhados os técnicos encarregados da autópsia. Era achatado nos dois lados. Apenas se abriu e o sangue escorreu fluidíssimo e inundou o mármore no que trabalhavam. Parece que a autópsia tenha confirmado que Gema morreu de tuberculose, “porque no pulmão direito, testemunha uma irmã presente,
eu mesma observei as cavernas tuberculares.
Depois de 10 anos, em 1913, a santa foi esumada e levada ao túmulo especial o qual por iniciativa de Padre Germano com ofertas dos devotos foi erigido um pequeno monumento.
Diziam vozes por la que onde o corpo de Santa Gema estava sepultado sentia-se um perfume delicadíssimo de flores e ainda a noite ouvia-se, de vez em quando, lindas melodias.
Quatro anos depois de sua morte apareceu a primeira biografia escrita pelo Padre Germano, depois traduzida em muitas línguas e lida em todo o mundo. É incalculável o bem que Santa Gema fez ao mundo e em tantas almas.
No ano de 1909 foram publicadas as cartas e os êxtases. A bibliografia de Santa Gema é considerada hoje das mais modernas.
Em Lucca, dia 03 de outubro de 1907 foram iniciados os processos ordinários e na cidade de Pisa no dia 20 de janeiron de 1922 os documentos para beatificação.
No dia 14 de maio de 1933 o Papa Pio XI declarou-a beata e no dia 2 de maio de 1940 procedeu a solene canonização da “pobre Gema”.
Em março de 1901 a Santa, escrevendo a Monsenhor Volpi, relata com candor inexplicável o que Jesus tinha falado: “Asseguro-te que sou eu, Jesus, que lhe falo que daqui há alguns anos você será Santa, farás milagres e estará nos altares”.

Finalmente no Mosteiro

Também o Mosteiro Passionista de Lucca comprovou o sobrenatural da Santa. No dia 02 de outubro de 1903, com o decreto do Papa Pio X era virtualmente realizada.

E no dia 16 de maio de 1905 chegaram de Tarquínia as primeiras Monjas Passionistas: Madre Giuseppa e M. Gabriella, que ocuparam algumas pobres celas perto do Mosteiro das Franciscanas na rua do Fosso.
Chegaram as primeiras postulantes; eram sete, o mesmo que Santa Gema havia visto em êxtase na metade de janeiro de 1900.
Em 1922, fora da Porta Elisa, elas adquiriram uma casa que se encarregou da construção do Mosteiro o engenheiro Dr. Carlos

Giannini que Santa Gema lhe queria muito bem e construiu pertinho um pequeno Oratório.
Mas este Mosteiro e Oratório tornou-se pequeno pelo crescente número de religiosas e o grande fervor em honra de Santa Gema. Por isso, no ano de 1935 foi colocada a primeira pedra do atual Mosteiro-Santuário no mesmo terreno da casinha construída que foi demolida. A construção terminou em 1940.
No dia 11 de abril de 1953, 50 anos da morte de Santa Gema, foi consagrado o altar e benzida a urna que continha os restos mortais da Santa. Gema não se iludiu quando não a receberam no Mosteiro de Tarquínia, ela exclamou com grande entusiasmo; “Não me querem em vida, mas me terão depois da minha morte”. Também para tia Elisa ela falou um dia: “Escuta tia, elas não me querem em vida, mas me procurarão depois de morta!”.
Os restos mortais de Santa Gema já foram transladados para o Oratório fora da Porta Elisa no dia 4 de setembro de 1923.
No dia 8 de setembro de 1933 os ossos de Santa Gema, foram levados triunfalmente para a Igreja de São Martinho e no dia 2 de outubro reentraram no silêncio primitivo do Mosteiro-Santuário.
No dia 10 de abril de 1953 foi definitivamente um urna do artista Francisco Nagni.
Em 1966 foram terminados os desenhos no claustro interno do Mosteiro-Santuário.
No Santuário, ao lado direito da capela de Nossa Senhora das Dores, há um precioso sarcófago com os retos mortais dos incomparável Pai de gema e do Padre Germano, passionista que está correndo sua beatificação.
A veneração à Santa Gema foi se espalhando mais e mais em todas as partes do mundo. E de todas as partes, chegam peregrinos para venerá-la e pedir-lhe sua valiosa intercessão junto do trono de Deus.
No interior da cúpula estão gravadas as palavras sobre o seu amor à Eucaristia e o convite de todos aprenderem naquela “escola” o amor que sabe doar-se até o fim. No exterior o convite de Santa Gema à todos os povos que estão longe: “Ó Jesus, eu quero que a minha voz chegue aos confins do mundo, chamando a todos os pecadores a entrar no teu Coração!”.

Bibliografia

Santa Gema Galgani (P. Germano) pag. 370
La Povera Gema (P.E. Zoffoli) pag, 1048
Santa Gemma Galgani ( P. Bonardi) pag. 250
Una vita, una Santa ( Prof. M. Brasile) pag. 129
Impara come si ama Piccola biografia di S. Gemma (Fidelis) pag. 55
Lettere si S. Gemma pag. XXI-498
Estasi-Diário-Autobiografia pág 345
Pensieri di S. Gemma (Meditazioni) B. Matteucci pág. 274

Orações

Livros

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B. Martín Sánchez

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Pe. Giovanni Cipriani | Ir. Luzia Daniela da Trindade, CP

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